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HISTÓRIA DA AVIAÇÃO NO BRASIL – PARTE 21

Por: Cmte. Pedro Canabarro Clique aqui para ver as outras partes

Os Anos 1970

  Os anos de 1970 também foram difíceis para o setor aéreo brasileiro. Além da crise mundial do petróleo, a instabilidade econômica teve influência negativa no setor. O único alento ao setor foi o projeto SITAR para desenvolver a aviação regional, que deu origem a TABA, Nordeste e a Rio Sul.

TABA – Transportes Aéreos Regionais da Bacia Amazônica. 

    A TABA foi ressuscitada pelo Coronel Marcílio Gibson Jacques em 1975, logo após o governo lançar o programa SITAR para desenvolver a aviação a nível regional. Para quem não se lembra, a empresa havia sido criada em 1948 e incorporada ao Lóid Aéreo Nacional do Coronel Gibson, em 1950, desaparecendo juntamente com a nacional.

      Inicialmente o projeto envolvia a participação da VARIG que acabou desistindo, o que fez com que o Coronel Gibson seguisse sozinho no empreendimento. A TABA começa a operar como linha aérea regional nos últimos anos da década de 1970, e em poucos anos, a empresa passa a atender 34 cidades contando com uma frota de 14 aviões, 10 Bandeirantes e 4 Fairchild Hiller F 227

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Fairchild Hiller F 227

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Bandeirante

A empresa foi pioneira na aviação regional por ter sido a primeira a usar jatos no transporte regional. Em um negócio até hoje não muito claro, a empresa arrendou com opção de compra 2 jatos quadrireator BA e 146.

A Operação do jato naquelas linhas de baixa demanda, gerava um prejuízo estimado em $450.000 dólares mensais, embora o Coronel Gibson declarasse que o avião havia tirado a empresa de dificuldades financeiras. Em 1985 a TABA chegou ao meio do ano com um prejuízo de $5,5 milhões de dólares e 10 de seus aviões interditados por falta de manutenção. 

  Gibson conseguiu se desvencilhar da interdição um mês depois e retomou os voos da empresa, porém, naquele mesmo ano, os Baes foram apreendidos pela fábrica por falta de pagamento. A TABA continuou com as crises financeiras e interdições de aeronaves até o final de sua existência. Em 1990 a empresa trouxe 3 De-Havilland Dash 8 e 7 Embraer 110 Bandeirante e logo depois, iniciou  uma linha Pampulha, Santos Dumont com os Dash 8. 

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De-Havilland Dash 8

Em mais uma tentativa de operar linhas com maior demanda, ou talvez mais um devaneio de Gibson, em 1992 a TABA iniciou um voo de Brasília até Georgetown com escalas em Carajás, Belém, Manaus e Boa Vista, assim se tornando a primeira empresa aérea do programa SITAR a voar para fora do país.

   Em 1993 a empresa recebeu 2 jatos Focker 100 que foram utilizados em linhas no litoral do nordeste, e mais dois Dash 8 300

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FOCKER 100

Porém a falta de objetivo claro no negócio e a quantidade de diferentes tipos de aviões na frota, somado às constantes crises financeiras, fez com que a TABA iniciasse seu ciclo final em 1994 com a devolução dos Dash 8 mais antigos. Em 1995 apenas 4 Bandeirantes estavam em condição de voo, um Focker 100 havia sido devolvido por falta de pagamento e os Fairchilds também estavam foram de voo.

  Em 1996 o leasor retomou os Dash 8 300 e a frota operacional da empresa se resumiu em apenas 2 EMB 110 em condições de voo. A empresa agonizou até 1999 operando em parceria com a AirVias, um Boeing 727-200, para finalmente em março daquele ano encerrar suas operações.

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727


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