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FADIGÔMETRO EM 2019: EVOLUÇÃO CONSTANTE

Com a aproximação do fim do ano, cumpre à ABRAPAC prestar contas aos associados de suas ações nos últimos doze meses. Muitas iniciativas são amplamente visíveis, como nossos mockups de aeronaves à disposição na sede ou nossa nova biblioteca de aviação, com dezenas de livros para empréstimo. 

Outras ações, no entanto, são menos tangíveis no dia a dia, ainda que, a médio prazo, representem uma grande vantagem aos aviadores. É o caso do Projeto Fadigômetro, no qual trabalhamos sempre de modo discreto, mas intenso e contínuo, ao lado das demais entidades representativas dos aeronautas: SNA, ASAGOL e ATL. 

Em maio deste ano, por exemplo, o Projeto foi apresentado no 17º Congresso da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), tendo sido premiado pela inovação em saúde e segurança no trabalho. A palestra sobre o fadigômetro foi ministrada pelo Cmte. Tulio Rodrigues (ASAGOL/Instituto de Física da USP), pesquisador e porta-voz científico do projeto. 

Na ocasião, ele expôs os resultados de um total de 195 mil etapas de voo e 652 mil horas de jornada, em análises por meio do modelo biomatemático SAFTE-FAST. Os dados obtidos indicaram degradação do nível de alerta dos tripulantes e a necessidade de um melhor gerenciamento na confecção das escalas.

Já em junho, o projeto foi apresentado para a diretoria da ANAC, numa iniciativa conjunta das entidades responsáveis pelo estudo. A abertura dada pela agência para conhecer o Fadigômetro foi uma importante oportunidade para que os aeronautas expusessem pontos relevantes sobre o gerenciamento dos riscos da fadiga na aviação, reforçando sua disposição para contribuir com a segurança de voo no país.  Recentemente, a ABRAPAC elaborou aprofundados estudos técnico-jurídicos sobre a questão da fadiga, e o relatório resultante deles apontou falhas por parte da ANAC ao inserir no RBAC 117 prescrições sem a devida base científica, contrariando o que preconiza o artigo 19, parágrafo segundo, anexo 6 e DOC 9966 da ICAO.

SOBRE O PROJETO – O Fadigômetro visa a criação de um banco de dados sobre o estado de alerta das tripulações da aviação civil brasileira durante as jornadas de trabalho. É financiado e desenvolvido numa parceria entre o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (ABRAPAC), Associação dos Aeronautas da GOL (ASAGOL) e Associação dos Tripulantes da LATAM Brasil (ATL).

O Projeto também conta com a colaboração de pesquisadores do Instituto de Física, Instituto de Biociências e Faculdade de Saúde Pública, da Universidade de São Paulo. Os dados são obtidos através do envio espontâneo e anônimo das escalas de voo para uma plataforma web que armazena os arquivos e os converte para um formato padrão compatível com o software de gerenciamento de fadiga humana SAFTE-FAST (Sleep, Activity, Fatigue, and Task Effectiveness – Fatigue Avoidance Scheduling Tool). É de grande importância que todos participem. As informações dos participantes e empresas aéreas são mantidas em sigilo e não serão compartilhadas em qualquer conteúdo produzido pela equipe do Fadigômetro. O acesso público aos resultados gerais (sem exposição de qualquer dado individual) será feito por meio de relatórios e artigos científicos em revistas especializadas.

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