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HISTÓRIA DA AVIAÇÃO NO BRASIL – PARTE 31

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Por: Cmte. Pedro Canabarro Clique aqui para ver as outras partes

 

Aero Amazonas Linhas Aéreas Ltda

A empresa teria a autorização de funcionamento jurídico expedida no dia 17 de agosto de 1995, pretendendo ter sede operacional em Campinas, e sede administrativa em São Paulo. Teve sua autorização de funcionamento renovada por diversas vezes, mas nunca saiu do papel.

 

Interatlantic Transportes Aéreos S.A. 

A empresa teria sua autorização de funcionamento jurídico expedida no dia 17 de julho de 1995, para atuar como empresa não regular no transporte de passageiros, cargas e mala postal, tanto nacional como internacional. Outra que não sobreviveria além da burocracia.

 

Presidente Transportes Aéreos 

A Presidente seria mais um taxi aéreo que iria tentar a sorte como empresa regular de aviação após a abertura de mercado e a desregulamentação no aéreo serviço regional. Existindo com táxi aéreo desde 1987, em Presidente Prudente, a empresa seria autorizada ao funcionamento jurídico com linha aérea em 18 de julho de 1995.

Os voos regulares da Presidente começariam 1996, um ano após ser homologada para tal fim, com três aeronaves EMB-110 Bandeirantes que faziam ligações entre Presidente Prudente, São José do Rio Preto, Brasília e Goiana, Rondonópolis, Campo Grande, Nova Andradina, Maringá, Cascavel e Curitiba, chegando até Congonhas em 1997.

Em maio de 1999 a empresa suspenderia suas operações após a taxa de ocupação em seus voos cair de 60% para 15% de aproveitamento, reflexo da crise cambial que se instalava no país.

Em 2000 numa tentativa de retomar os voos transferiu sua base para Cuiabá ligando aquela cidade com o interior do Mato Grosso. Tal iniciativa se demonstrou ineficiente e a empresa fecharia em definitivo em 2001 após a empresa Nordeste, donas das aeronaves, retomar os EMB-110 Bandeirante por falta de pagamento.

 

Rigis Transportes Aéreos Ltda 

Empresa criada em São José dos Campos, que pretendia explorar o transporte não regular de passageiros, cargas e malas postais, tendo recebido a autorização de funcionamento jurídico em 8 de março de 1996. A empresa renovaria a autorização de funcionamento por algumas vezes, mas não sairia do papel.

 

Brasil Aerocargo 

Outra empresa que pretendia explorar o mercado de carga aérea em Campinas. Tendo sua sede social em São Paulo, foi autorizada a funcionar juridicamente no dia 20 de março de 1996, mas acabaria sendo mais uma a não conseguir decolar.

 

Pégasus Transportes Aéreos S.A. 

Criada no Rio de Janeiro com o fim de transportar cargas e mala postal em serviços não regulares. Sendo autorizada ao funcionamento jurídico em 22 de abril de 1996. A Pégasus nunca sairia do papel, e teria sua autorização de funcionamento revogada em 17 de dezembro daquele mesmo ano.

 

APUÍ Linhas Aéreas 


O Táxi aéreo Apuí foi criado na cidade de Apuí no Amazonas em 1º de agosto de 1996 pela família Marmentin, constando como sócios a partir de 2000 Zulmyra Lourdes Catuzzo Marmentin e Germano Gabriel Marreiros Baptista a partir de 2001.

Em novembro de 2001 a empresa seria autorizada a realizar voos de ligação aérea sistemática pelo DAC e fixaria sua base operacional em Manaus. A Ligação aérea sistemática foi uma maneira que as autoridades acharam de preencher a lacuna deixada desde o fim do projeto SITAR nos pequenos municípios. Nada mais era do que homologar empresas de taxi aéreo para realizar voos regulares sob demanda.

Em 2005 a Apuí possuía uma frota de seis EMB-110 Bandeirantes, sendo dois do tipo P1, porém frequentemente algumas de suas aeronaves estavam indisponíveis por falta de manutenção. Chegou a operar com quatro aeronaves EMB-110 Bandeirante até o ano de 2008, fazendo ligações entre Manaus, Apuí,Manicoré e São Gabriel da Cachoeira.

Em 2013 teria o certificado de homologação cassado pela ANAC devido a inconformidades administrativas e de manutenção, e dias depois a empresa se veria envolvida em um imbróglio fenomenal. Não podendo voar com suas aeronaves, fretou uma aeronave privada para fazer o transporte de seis passageiros. Na decolagem de Manaus a aeronave caiu vitimando todos seus ocupantes. A empresa seria condenada a pagar uma indenização de 1,5 milhão de Reais. Em 2018 a empresa recuperaria seu CHETA para ligações aéreas sistemáticas, voltando a operar.

Atualmente a empresa opera duas aeronaves EMB-110 Bandeirantes, sendo uma delas P1, fazendo ligações entre Manaus, Apuí e Manicore.

 

RICO Linhas Aéreas S.A. 


 “Com certeza o enredo de uma aventura romântica que traduz com exatidão a evolução da aviação na região Amazônia”….Assim começa a página Web da Rico Taxi aéreo que conta a história da empresa em seu site. Pode parecer exagero, ou romantismo piegas, mas sem dúvida é uma história muito interessante.

O Improvável dono e fundador da empresa seria um piloto de caça da Força Aérea Soviética, Munur Yurtsever, nascido na cidade de Scopje, na época à antiga Yugoslávia. Munur que durante 2ª Grande Guerra havia se rebelado contra o regime comunista soviético, acabaria fugindo para a Turquia, e depois, em 1957 chegaria como imigrante ao Brasil. Não demoraria muito para que Munur comprasse seu primeiro avião e fundasse o Taxi Aéreo Rondônia, em Porto Velho.

A dificuldade dos habitantes locais em pronunciar o nome de Munur acabaria por transformar, por algum fenômeno fonético da região, Munur Yurtsever em Mickey, por mais inacreditável que pareça. O nome seria adotado por Munur com bom humor, tanto que até trocaria o nome de sua empresa para Mickey Taxi Aéreo.

Empreendedor, Munur ou Mickey, como queriam, fundou a Rondônia Indústria e Comercio vislumbrando uma ótima oportunidade com o investimento governamental que estava sendo feito na região. Eram os anos 1970 e o governo brasileiro procurava fomentar o desenvolvimento na região amazônica, o que exigia aviões maiores para o transporte de mercadorias, pessoas e máquinas envolvidas neste processo. Para suprir essa demanda e os contratos que já detinha com a Petrobras, Munur funde o Mickey Taxi aéreo com a Rondônia Indústria e Comercio e funda a RICO, cujo nome derivaria da junção das iniciais da segunda empresa.

A Base seria transferida para Manaus, e para atender à crescente demanda, a Rico passaria a empregar um número cada vez maior de Douglas DC-3, Tornando-se a maior operadora privada do mundo em 1986, com 51 aeronaves do tipo na frota.

Se tornando um dos maiores e mais consolidados Taxi Aéreo da região amazônica, a RICO decide no início dos anos 1990 a se arriscar o mercado da aviação regional regular.

A Rico seria autorizada como transporte aéreo regular, no segmento regional, em 10 de outubro de 1996, através da portaria de número 663/GMS do DAC. Ao completar um ano de operação, a Rico já havia feito três mil voos regulares, transportado 34 mil passageiros e começado a operar voos para a rede postal noturna.

No ano seguinte a empresa incorporaria a sua frota uma aeronave EMB-120 Brasília que tinha um valor histórico enorme, pois era um dos protótipos da Embraer, e o quarto Brasília a ter sido fabricado.

A Rico chegaria a contar em 2000 com cinco EMB-120 Brasília e 5 EMB-110 Bandeirante em sua frota, tendo um relativo sucesso na sua operação regular. Porém os dias de tranquilidade acabariam para a RICO em 2002, quando um acidente com um Brasília, onde 23 pessoas morreram, botaria em dúvida a reputação da empresa em risco e qualidade do serviço sob suspeita.

Numa tentativa de retomar a boa imagem da empresa e continuar crescendo a RICO opta por investir aviões maiores a jato, e a escolha seria os Boeings 737-200 que a Varig estava desativando. A empresa iria operar três destes aviões, o que mudaria completamente a empresa. Para se adaptar a estrutura de operar sob a tutela do então RBHA 121 a empresa necessitaria uma reformulação completa que futuramente cobraria seu preço.

No dia 14 de maio de 2004 a RICO perderia outro Brasília em mais um acidente onde morreriam todos os 33 ocupantes da aeronave, e novamente as suspeitas de falta de manutenção e treinamento adequado voltam a assombrar a empresa. Assim mesmo, no ano de 2004 a Rico transportaria mais de 220 mil passageiros com uma ocupação de 67%, e fomentava planos de expansão que incluíam a vinda de três aeronaves Boeing 737-300 e também iniciar voos internacionais.

A RICO chegaria á 2006 com 200 funcionários, dois EMB-120, dois EMB-110, três Boeing 737-200 e um Boeing 737-3Q8 QC, atingindo 24 cidades em cinco Estados da região norte. Porém o número de passageiros continuava diminuindo cada vez mais em relação aos anos anteriores, e a despesa com os obsoletos B 737-200 se tornavam cada vez mais onerosa.

Em 2007 a empresa que havia transportado cerca de 230 mil passageiros, devolveria o Boeing 737-300 e a seguir aposentaria os Boeings 737-200 no início de 2008, ficando apenas com um EMB 120 Brasília, um EMB 110 Bandeirante e um Cessna Gran Caravan em sua frota.

Com esta drástica redução de oferta de assentos e enfrentando agora a crescente presença da TRIP na região a RICO enfrentaria o seu pior momento com empresa aérea. A Crise se instalaria em definitivo após mais um acidente que causaria a perda do único EMB 110 Bandeirante da frota.

A Empresa agora transportava cerca de 80 mil passageiros ao ano, contra os cerca de 250 mil de anos anteriores. Em 2009 veria suas rotas se resumirem a apenas cinco cidades, sendo todas elas no Estado do Amazonas.

A condição econômica ficaria insustentável e a RICO optaria por encerrar suas operações nos primeiros meses de 2010, voltando a suas origens de Taxi Aéreo.

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